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Camarões volta a atravessar o caminho do Brasil em uma Copa

Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil 

Os mais novos não têm como se lembrar, mas houve um ano no qual os brasileiros torceram para Camarões. Na Copa da Itália (1990), após a seleção ser eliminada pela Argentina, todo o país trocou a camisa amarela pela verde e esperou que os Leões Indomáveis conseguissem ir o mais longe possível. A epopeia terminou nas quartas de final, mas Camarões do mítico goleiro N´Kono e do atacante Roger Milla colocou o país definitivamente no mapa do futebol mundial.

Quis o sorteio que, na Copa seguinte, nos Estados Unidos (1994) os camaroneses cruzassem o caminho do Brasil. Na fase de grupos, foi mera formalidade para Romário, Bebeto e até para Márcio Santos marcarem 3 a 0 nas redes do goleiro Bell.

Depois disso, as duas seleções só se reencontraram na Copa de 2014, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Cada vez mais longe dos melhores dias, Camarões caiu por 4 a 1 sem oferecer a mínima resistência. Neymar, duas vezes, Fred e Fernandinho foram os autores dos gols naquela tarde, classificando a equipe para as oitavas de final.

Tite ainda pode usar em 2022 três remanescentes daquela equipe: Daniel Alves, Thiago Silva e Neymar. Enquanto isso, os Leões, após a façanha de 1990, nunca mais passaram da primeira fase de um mundial de seleções, acumulando eliminações precoces e rugindo cada vez mais baixo.

A seleção comandada por Tite ainda fez um amistoso na Inglaterra, em 2018, contra Camarões. A vitória foi magrinha: 1 a 0, gol de Richarlison.

A única negativa lembrança que a seleção africana trouxe até hoje, além de uma vitória na Copa das Confederações em 2003, foi a eliminação nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Sydney (2000). Para muitos, a equipe olímpica não pode ser equiparada à seleção principal, mas o sabor amargo da eliminação, com gol de ouro na prorrogação, causou estragos para o técnico Vanderlei Luxemburgo.

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