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Casal que quebrou guichê em aeroporto admite ter errado

Um casal de mineiros virou notícia nacional ao destruir um guichê de uma companhia aérea no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Garulhos. O caso aconteceu na segunda-feira (1), quando Kênia Leandra da Silva Lopes e e o marido Alexandre Wagner de Almeida Lopes ficaram horas presos no aeroporto esperando respostas da companhia.

“Surtei por descaso da Gol. Uma mãe cansada, com bebê de 5 meses, chorando, sem leite, sem fralda, sem comer, esperando por sete horas em um aeroporto, sem notícias. Qualquer mãe faria o mesmo no meu lugar”, disse Kênia, em entrevista ao portal de notícia G1.

A mineira contou que a confusão começou após o cancelamento do voo. A aeronave não poderia pousar no Aeroporto de Confins, destino da família, por conta das fortes chuvas que caíram na região. Após o avião sobrevoar por mais de 20 minutos o aeroporto em Minas, os passageiros foram informados que iriam voltar para São Paulo, já que as condições para pouso não eram seguras.

Kênia narrou que, após o retorno para Guarulhos, a companhia aérea manteve os passageiros dentro do avião por cerca de três horas, sem alimentação, aguardando informações.

“Avião cheio, quente, tinha idosos e crianças no voo. Meu filho começou a chorar, eles só ofereciam água para gente. O leite e fraldas da mala de mão acabaram e eles não autorizaram que eu pegasse a bagagem, só liberaram os passageiros saírem do avião quando ligamos para polícia e Anac”, disse.

A mulher explicou que quando a madrugada chegou, com o bebê sofrendo e chorando muito, o casal teve o ataque de fúria que foi registrado em vídeo. “Ver meu filho naquela situação, sem ninguém para nos dar um norte, surtei, surtamos. Gritei, quebrei o acrílico, meu marido viu a cena e também descontrolou e quebrou os outros. Óbvio que erramos e vamos pagar pelo prejuízo, mas estávamos exaustos com o descaso”, justificou.

Por causa da confusão, além de pagar R$ 5 mil de prejuízo da quebra dos guichês e de uma impressora da companhia área, a família ainda foi impedida de embarcar. Ainda durante a madrugada, depois da confusão, eles foram levados para um hotel e tiveram o voo para BH remarcado para o dia seguinte.

Mas, quando chegaram para embarcar, foram impedidos. “Disseram que a Gol não aceitava a gente no voo e que iríamos em outra companhia. Ficamos constrangidos, os quatro atendentes nos abordaram perto de outras pessoas, tivemos que embarcar na Latam”, contou.

A companhia aérea se posicionou por meio de nota.

“A GOL informa que, após a decolagem na noite de segunda-feira (1), o voo G3 1324 (Guarulhos – Confins) precisou retornar ao Aeroporto de Guarulhos por conta das condições meteorológicas adversas em Confins. A Companhia ressalta que ofereceu o suporte necessário a todos os Clientes com alimentação e acomodação em hotéis na região metropolitana de São Paulo onde havia disponibilidade de quartos para seguirem viagem em voos programados para a terça-feira (2). Alguns Clientes, por motivo de segurança, seguiram em voos de outras companhias para Confins. A GOL reforça que todos os procedimentos adotados a partir da necessidade de retorno à base de Guarulhos foram realizados com foco na Segurança, valor número 1 da Companhia”.

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