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Empresário usa a internet para sortear o tríplex de Lula no Guarujá

Em 2017, quando o famoso tríplex do Guarujá foi leiloado, o empresário Fernando Gontijo o arrematou por R$ 2,2 milhões. Agora, ele irá se desfazer do imóvel por meio de um sorteio na internet. Segundo ele, o apartamento que pertenceu ao ex-presidente Lula, “faz parte da história do Brasil”. 

O sorteio foi revelado pelo jornal “Folha de São Paulo” e confirmado
pelo GLOBO.

 Para realizar o sorteio, o empresário contratou uma plataforma que irá vender uma assinatura mensal para quem quiser participar do sorteio. Ao longo de quatro meses, outros prêmios também serão distribuídos, como televisores e carros. O prêmio final é o tríplex que levou à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Supremo Tribunal Federal depois anulou a condenação, e o processo foi enviado à Justiça de Brasília. Nessa semana, o Ministério Público Federal reconheceu a prescrição das acusações contra o ex-presidente e pediu o arquivamento do processo.

      “Desde o meu investimento inicial, eu sabia que ele
tinha um valor do ponto de vista de mercado imobiliário e tem um valor de mídia espontânea. Como ele é um imóvel diferenciado, sua colocação no mercado tinha que ser de uma forma diferenciada” — disse Gontijo ao GLOBO.

Desde que adquiriu o imóvel, Gontijo diz ter feito
manutenções periódicas e instalou um ar-condicionado. O tríplex no litoral
paulista nunca foi ocupado. Em 2020, o empresário já pensava em fazer uma espécie de rifa por conta própria.

No Brasil, a Caixa Econômica Federal tem o monopólio sobre
os sorteios e exige que promoções do tipo estejam vinculadas à compra de um produto ou serviço. Por isso Gontijo optou pelo aplicativo, que vende uma assinatura e está autorizado pela Loteria Federal, segundo ele. “Não é
somente um valor por metro quadrado. É um imóvel que faz parte da história do Brasil. É um imóvel famoso que desperta curiosidade”, explicou. 
Gontijo desde o início queria usar o imóvel para uma ação promocional, já que acreditava que usar o potencial de mídia seria mais vantajoso do que vender para um comprador individual no mercado. “Quem sabe, se a gente puder fazer uma campanha onde eventualmente uma pessoa de recursos financeiros limitados puder participar e ser vencedor, a pessoa também irá virar a chave do tríplex e a condição socioeconômica de sua família”, afirmou.

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